Paola Antonini é um lindo exemplo de positividade. No final de dezembro de 2014, às 5h da madrugada, Paola e seu namorado colocavam as bagagens no porta-malas do carro, para passar a virada do ano em Búzios, quando foram atingidos por um carro desgovernado. A modelo ficou prensada entre os dois carros e na cirurgia precisou ter a perna esquerda amputada.
O acidente com a jovem modelo repercutiu na imprensa e provocou compreensível comoção em Minas Gerais. Mas Paola começava, ali, a surpreender aos familiares recusando desde os primeiros minutos o papel de protagonista de dramalhão.
Noventa por cento das mulheres usam uma prótese que se assemelha muito a uma perna real. Disse logo de cara: “Ah não, não quero. Eu quero uma prótese bem de robô” conta.
O modelo escolhido foi uma prótese eletrônica, que precisa ser recarregada à noite.
O que veio a partir dessa decisão intuitiva mudou a vida da modelo. Segundo ela, as postagens no seu Instagram (@paola_antonini) começaram como uma simples forma de informar as pessoas de que ela estava bem. Todavia, o fato de ela exibir sua perna de ciborgue com shortinhos, saias e biquínis chamou a atenção de um tipo especial de seguidores.
Frequentemente é chamada para conversar com crianças que passaram ou estão prestes a passar por amputações. A maioria, pequenos pacientes de sarcoma, um tipo de câncer maligno que afeta articulações e não raro requer amputações na altura dos joelhos.
Faz toda a diferença, para essas crianças, ter referências de pessoas alegres e bem-sucedidas passando pelo que elas irão passar. Fabrício Daniel de Lima, diretor do Instituto de Prótese e Órtese de Minas, cita um famoso cantor que há décadas oculta ter uma prótese em vez de uma das pernas: “Fico pensando. Se ele fizesse um quinto do que a Paola faz, que revolução seria para a inclusão e autoestima dessas pessoas no Brasil.”
Hoje, depois de 7 anos, a influenciadora digital celebra a vida e serve de exemplo para outras pessoas.
Escreveu o livro “Perdi uma parte de mim e renasci”, fundou uma instituição beneficente que ajuda na reabilitação de pessoas com deficiência física, e com quase três milhões de seguidores nas redes sociais, faz bastante publicidade, e contribui com maestria para autoestima de muita gente.
Imagem: Reprodução / Instagram
Fontes: Donna, reportagem de Caue Fonseca e Splash Uol
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